Cientistas americanos deram mais um passo na luta contra a Aids. Utilizando terapia com genes, os pesquisadores modificaram células dos pacientes e as tornaram resistentes ao HIV, o vírus causador da doença.
O tratamento foi baseado no caso do americano que se curou da doença após um tratamento contra leucemia. O anúncio foi feito em dezembro passado. Usando células-tronco adultas retiradas da medula óssea de um doador que era imune ao HIV, por causa de uma mutação genética, o paciente não apresentou mais sinais do vírus no organismo. Usando essa mesma mutação genética que permitiu a cura do americano, os cientistas decidiram apagar permanentemente um gene humano e inserir as células alteradas de volta no organismo.
Essa mutação atinge algumas pessoas, cerca de 1% da população branca, que são resistentes ao HIV. Isso porque elas têm dificuldade de produzir uma proteína chamada CCR5, um receptor presente nos linfócitos CD4+, células de defesa do organismo que são destruídas pelo HIV. O vírus da Aids usa o CCR5 para se “encaixar” nessas células.
A partir disso, os cientistas “cortaram” e “modificaram” o gene. No estudo, seis homens tiveram as células sanguíneas filtradas para remover a pequena quantidade de células-T. Cerca de 25% dessas células foram modificadas com sucesso. Elas, em seguida, foram multiplicadas e reintroduzidas nos pacientes.
Após três meses, cinco pacientes apresentavam o triplo de células modificadas esperadas. Segundo os cientistas, 6% de todas as células-T dos pacientes eram do novo tipo, ou seja, resistentes ao HIV. O sexto homem também desenvolveu as células, mas em quantidade menor do que a esperada.
Os únicos efeitos adversos, dizem os pesquisadores, foram sintomas parecidos aos da gripe.
Apesar dos resultados, o coordenador do estudo, o médico Jacob Lalezari, do Centro de Pesquisas Quest, alertou que ainda é cedo pra dizer que a terapia se torne a cura da doença. A pesquisa foi feita em parceria com cientistas da Universidade da Califórnia e patrocinada pela empresa de biotecnologia Sangamo BioSciences.
Ainda que a terapia genética não seja capaz de eliminar o HIV completamente do organismo, o médico John Zaia, coordenador do painel do governo americano que supervisiona pesquisas com genes afirma que será possível proteger o corpo dos pacientes o suficiente para controlar o vírus e dispensar o uso de remédios, o que é chamado de cura funcional.
Fonte: http://noticias.r7.com/
Olá Claudia!!!
ResponderExcluirEsta sem dúvida alguma é uma notícia maravilhosa. Aquece o coração de todos, que como eu, se encontram na triste estatísca dos infectados pelo HIV. Torço que os investimentos não parem, que Deus mande cada vez mais disposição, perseverança sede de conhecimento e humanidade a todos estes pesquisadores. Espero um dia poder reaver tudo o que o hiv me levou. Infelizmente não são somente as células CD4 que nos abandonam.
abraços e fique com Deus
"Infelizmente não são somente as células CD4 que nos abandonam." Disse voce no comentario.
ResponderExcluirNão pense em qualquer abandono, porque eu como médica posso ainda não fazer parte dessa equipe de pesquisadores, mas posso fazer parte de uma equipe onde o ser humano é a parte mais importante da minha profissão, e voce é uma dessas pessoas!