sexta-feira, 29 de maio de 2009

"Médico doa o próprio corpo"



ENTEROCOCO RESISTENTE À VANCOMICINA (ERV ou VRE)

Mais um problema preocupa profissionais de saúde e a população:

•Problema complexo
•Papel duvidoso do ambiente
•Controle de antimicrobianos
•Culturas de vigilância


ENTEROCOCO RESISTENTE À VANCOMICINA (ERV ou VRE)

Os enterococos são bactérias que habitam o trato gastrointestinal e o trato genital feminino e, geralmente, não são muito virulentas e são considerados a segunda causa de infecções hospitalares nos Estados Unidos (10 a 20%). O desenvolvimento de resistência a vancomicina (ERV) tem sido descrito a partir do final da década de 80 e desde então foi observado um aumento das infecções e colonizações por ERV.
No Brasil, o primeiro ERV foi identificado em 1996 em um hospital de Curitiba. A partir de então relatos de isolamento de ERV são descritos em diversos hospitais brasileiros. Estudo realizado no hospital da Escola Paulista de Medicina mostrou aumento progressivo da resistência dos enterococos a vancomicina entre 2000 e 2002.

Fatores de Risco:

Entre os pacientes com maior risco para aquisição de infecção ou colonização por ERV destacam-se:
• Pacientes com doença de base severa (neoplasias, hepatopatas, nefropatas) ou imunossupressão (pacientes submetidos a transplantes ou em quimioterapia).
• Pacientes submetidos à cirurgia abdominal ou cárdio-torácica.
• Pacientes submetidos à sondagem vesical ou cateterismo venoso central.
Pacientes com internação prolongada ou que receberam múltiplos antibióticos, incluindo vancomicina.

Recomendações:

Medidas de controle devem ser implantadas com o objetivo de prevenir a disseminação de ERV no ambiente hospitalar.
• Todos os profissionais de saúde que cuidam do paciente
infectado/colonizado devem ser informados e esclarecidos a respeito dos riscos de transmissão
• Controle do uso de antibióticos: restrição do uso de vancomicina e cefalosporinas de terceira geração e drogas com atividade anaerobicida.
• Intensificação das medidas de precauções padrão, especialmente a higiene de mãos, sendo que nas áreas de risco devem ser utilizados, preferencialmente, produtos destinados a este fim contendo antissépticos (sabão com clorexidina, gel alcoólico).
• Adoção de precaução de contato para pacientes infectados ou
colonizados durante toda a internação ou reinternação (quarto privativo, uso de luvas e avental para manipulação do paciente, individualizar, o máximo possível, equipamentos médicos como termômetros, estetoscópios, etc).
• Quando não houver disponibilidade de quarto individual, manter os pacientes colonizados/infectados em uma mesma enfermaria, com manutenção da precaução de contato.
• Desinfecção ambiental:
- Superfícies: devem ser limpas diariamente e sofrer desinfecção
com álcool 70%
- Equipamentos médicos (estetoscópios, termômetros): devem ser preferencialmente de uso exclusivo do paciente. Se impossível o uso exclusivo, estes devem sofrer desinfecção com álcool 70%.
- Objetos de uso pessoal do paciente: devem ser de uso exclusivo no quarto do paciente.
- Limpeza: a limpeza concorrente deve ser realizada diariamente e a limpeza terminal após alta do paciente colonizado/infectado.
Educação continuada: informação e capacitação dos profissionais com ênfase na higiene de mãos.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Gripe A (gripe suína)

Essa é pra descontrair :
Cuidado: ao pegar a GRIPE SUÍNA, se você morrer vai virar ESPÍRITO DE PORCO... rsrs



Mas vamos ficar atentos! É uma situação séria. O melhor meio de evitarmos é estarmos atentos principalmente à higiene, como o simples lavar as mãos, aos contatos com portadores do vírus H1N1, ou aos ambientes que possam apresentar tal risco. O melhor é usar o bom senso!

domingo, 10 de maio de 2009

Uma nota de Repúdio a alguns jornalistas, se é que podemos considerá-los como tal...

Ultimamente, vejo alguns "jornalistas", como já falei, tentarem denegrir a imagem médica no Brasil pela mídia. Só queria lembrar que como vcs são veículos de comunicação, nós médicos tbém somos veículos pra dar a vida. Porém, antes de tudo, somos profissionais e dependemos também de um salário pra viver assim como vcs tbém dependem da profissão que escolheram. Não somos mercenários como muitos pensam. Vamos saber fazer a diferença! Vocês estão vendo o CAOS da saúde e não vão atacar a causa. Estão agindo como "maus profissionais": só querem cuidar do sintoma, como nós médicos falamos. Por isso a doença continua com o paleativo da denúncia feita por vcs somente aos médicos por pacientes leigos que sofrem, e o primeiro que encontram querem uma solução e vem nos cobrar, ajudados por vcs. Por que não vão aos responsáveis do sistema, aos gestores e cobram deles? Informem isto à população! Vcs abafam esta situação e jogam a populaçao contra os médicos. É mais cômodo? Se há responsáveis são eles: os gestores, o sistema, os políticos que escolhemos, a causa dessa grande demanda de pacientes sem atendimento adequado e péssimos locais de atendimento de trabalho.
Não estou generalizando. Não somos deuses, como vcs pensam, e que fazemos milagres. Milagres que às vezes até conseguimos diante de tanto descaso dos responsáveis e salvamos (mesmo sem vcs noticiarem) muitas vidas.
Portanto, sejam bons profissionais. Não tentem abafar os verdadeiros motivos e responsáveis. Será que se vcs atacarem a quem são os responsáveis, vcs iriam estar tirando o foco e perdendo credibilidade? Porque só dando direito a pacientes reclamarem, estão sendo injustos, só levantando polêmica e não ajudando em nada. Ouçam tbém aos Médicos que têm direito a uma resposta, assim como vcs qdo são atacados. Estudamos muito, nos preparamos para salvar vidas, não temos culpa se até vcs votam errado e não cobram tbém desses responsáveis. Chego a pensar que vale a pena ATACAR SOMENTE OS MÉDICOS OU VCS FICARIAM MAL COM PESSOAS QUE PODERIAM INCOMODAR VCS... É uma pena que, qdo vcs estão doentes, são aos médicos que recorrem e ao invés de pelo menos alguma vez agradecer, vcs criam força com nossas medicações e orientações como se usassem o "criador contra a criatura" PARA DENEGRIR A IMAGEM MÉDICA. Como jornalistas, vcs têm inteligência o suficiente para entender que o q fazem "alguns" jornalistas não ajuda na saúde e sim na doença do País porque os responsáveis continuam cobrando E ACHANDO que a culpa é nossa. Por isso não oferecem uma infra instrutura de atendimento digno a um profissional de saúde pra trabalhar achando que o médico que"teria que se virar"e os responsáveis continuam fazendo usos indevidos de verbas que poderiam usar na saúde (como passagens, passeios, conforme informou a mídia). Digo isso não só no setor público, mas tbém privado, que vcs já devem ter vivido. Só que denunciar a quem não os incomodariam é mais cômodo, como já disse. Sejam justos. Sem condições de trabalho até vcs fariam milagres? Ou é porque médico é Deus?
Estou aberta a discussões e ao direito de resposta de vcs que respeito muito, e gostaria do mesmo direito como MÉDICA!