sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?) 


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.


Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

NOVO VÍRUS TRANSMITIDO PELO AEDES AEGYPTI

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira 08/12/2010 o início da vigilância e do controle no Brasil da febre de chikungunya, uma doença causada por um vírus que, assim como o da dengue, é transmitido pelo Aedes aegypti.

Segundo o governo, foram registrados três casos da doença, nos últimos três meses: dois em São Paulo e um no Rio de Janeiro, todos em pacientes que foram infectados em países da Ásia (Índia e Indonésia). Não há registro de circulação do vírus nas Américas.

A chikungunya é caracterizada, principalmente, pelas dores nas articulações, que podem chegar a um grau crônico que permanece por mais de seis meses. O vírus que causa a chikungunya tem período de incubação de 3 a 7 dias. 



Fonte: http://eptv.globo.com/noticias

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

ANTIBIÓTICOS VENDIDOS APENAS COM RECEITA MÉDICA.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) oficializou as novas regras que regulamentam a venda de antibióticos em farmácias de todo o Brasil. Segundo as mudanças, publicadas  no Diário Oficial da União, a partir de 28 de novembro de 2010, esses medicamentos deverão ser vendidos apenas com receita médica e uma das vias ficará obrigatoriamente retida no estabelecimento, a outra, devidamente carimbada pela farmácia, fica com o paciente como comprovante do atendimento.
As prescrições médicas terão validade de dez dias, devem estar escritas em letra legível e sem rasuras e conter nome do remédio ou da substância, dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade, posologia, dados completos do paciente, além de nome, registro profissional. Todas as receitas deverão, ainda, ser escrituradas, ou seja, ter suas movimentações registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). O prazo para que as farmácias iniciem esse registro e concluam a adesão ao sistema é de 180 dias.

Com a nova regulamentação, as embalagens e bulas dos medicamentos deverão mudar e incluir a frase: “Venda sob prescrição médica - só pode ser vendido com retenção da receita”. As farmácias e drogarias poderão vender os antibióticos que estejam em embalagens sem as novas regras desde que fabricados até o final dos 180 dias determinados. As medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas, o que corresponde a todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos que tem uso restrito a ambiente hospitalar.

As novas decisões da Anvisa acontecem pouco tempo depois dos surtos da superbactéria KPC (Klebsiella Produtora de Carbapenemase), que é resistente a praticamente todos os antibióticos existentes. Só no Distrito Federal, região mais afetada, foram registrados 183 casos e 18 mortes. Há casos confirmados também nos estados de Espírito Santo (3), Santa Catarina (3), Goiás (4), Minas Gerais (12), Paraná (24, com uma morte). 

A KPC é uma mutação genética responsável por tornar a bactéria resistente aos principais grupos de antibióticos utilizados no tratamento de pacientes debilitados, por isso, ela é conhecida como multirresistente. Em geral, o corpo humano é habitado por milhares de bactérias, que nem sempre fazem mal à saúde. O uso indevido de antibióticos é responsável pelo fortalecimento e pela mutação de algumas dessas bactérias, que se tornam imunes aos remédios.
  


Fonte: http://veja.abril.com.br/

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Terapia com células-tronco reverte diabetes tipo 1 no Brasil

Um estudo brasileiro inédito revela que o pâncreas de diabéticos tipo 1 está voltando a funcionar após o transplante de células-tronco do próprio paciente, livrando-o da necessidade de insulina. 
Os resultados da pesquisa, que acompanha 23 voluntários há mais de quatro anos, estão publicados na edição de hoje do "Jama" (jornal da Associação Médica Americana).

Diabéticos tipo 1 está voltando a funcionar após o transplante de células-tronco do próprio paciente, livrando-o da necessidade de insulina..

Os autores constataram, pela primeira vez no mundo, que os níveis do peptídeo-C, uma espécie de marcador do funcionamento das células produtoras de insulina, aumentaram nos pacientes submetidos à terapia.

Essa substância é um dos resíduos da produção do hormônio pelas células beta do pâncreas. Ou seja, quanto maiores suas taxas, maior a produção de insulina e menor o risco de complicações associadas ao diabetes, como amputações.

"O nível dele não só deixou de cair como aumentou", comemora o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da USP de Ribeirão Preto, e um dos autores do estudo. "Isso significa que o pâncreas está voltando a funcionar", explica ele. "Esses pacientes produzem mais insulina do que quando chegaram até nós."

A maioria dos voluntários deixou de usar hormônio sintético há mais de três anos, em média, com bom controle da glicemia. "Temos pacientes livres há quatro anos e oito meses, com excelente qualidade de vida, sem picos de hipoglicemia", diz Couri.

Oito deles precisaram voltar a tomar o hormônio sintético, mas em doses muito baixas. "Por isso não dá para afirmar que os benefícios sejam permanentes", avalia o imunologista Júlio Voltarelli, um dos líderes do estudo.

Mas mesmo nesses pacientes os níveis do peptídeo-C estão aumentados, mostrando que o pâncreas está funcionando melhor também nessas pessoas, apesar de não produzir todo o hormônio de que necessitam. "Eles provavelmente terão uma melhor evolução da doença", acredita Júlio Voltarelli.

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, em que o próprio sistema de defesa do corpo passa a atacar o pâncreas. A terapia com células-tronco, ao que parece, consegue combater essa falha imunológica, mas não recupera as áreas destruídas da glândula. Daí a necessidade de aplicá-la em pessoas recém-diagnosticadas.

Medicamento

Outro resultado inédito apontado pelos autores foi o efeito da droga sitagliptina, indicada para diabéticos tipo 2, em dois dos pacientes que voltaram a precisar da insulina. Com dois meses de medicação, eles ficaram livres do hormônio sintético. A droga estimula a secreção de insulina pelo organismo. Hoje tais pacientes controlam a glicemia tomando esse remédio uma vez ao dia.

Em 2007, com a publicação dos primeiros dados do transplante de célula-tronco, o trabalho recebeu duras críticas da comunidade científica internacional, que atribuiu os bons resultados a um período conhecido como lua de mel, em que mudanças na dieta e exercícios, aliados ao acompanhamento médico, seriam os responsáveis pelos benefícios.

"Hoje não há dúvidas de que não se trata de lua de mel", diz Couri, lembrando que o primeiro artigo sobre a pesquisa publicado no Jama levou um ano para ser aceito -a aceitação desse último levou dois meses. Para Voltarelli, ainda não se pode falar em cura do diabetes. "Mas talvez estejamos trilhando o caminho para isso."




Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tratamento contra lupus recebe aprovação nos EUA

Órgão do governo americano autorizou o lançamento do remédio Benlysta


Um comitê de assessores da agência de controle de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) recomendou a comercialização do primeiro tratamento contra o lupus em 52 anos
Por 13 votos a dois, um painel de especialistas recomendou à FDA autorizar o lançamento do Benlysta, um tratamento experimental para o lupus desenvolvido pelos laboratórios Human Genome Sciences e GlaxoSmithKline, revelou a porta-voz do órgão Erica Jefferson, nesta terça-feira (16). A FDA segue geralmente as recomendações do comitê.
O lupus é provocado pelo ataque do sistema imunológico contra órgãos do próprio corpo, ocorrendo com mais frequência em mulheres em idade fértil.
Normalmente se manifesta por dor articular intensa, lesões na pele e problemas renais, podendo, inclusive, afetar órgãos como cérebro e coração.
A Lupus Foundation of America saudou a decisão, qualificando-a como "histórica", segundo Sandra Raymond, presidente e diretora da fundação .
- Todos trabalhamos há décadas para superar muitos desafios e desenvolver novas terapias para tratar esta enfermidade difícil.
Ao menos 1,5 milhão de pessoas nos Estados Unidos sofrem de lupus, e 5% enfrentam uma forma potencialmente letal da doença, que resiste ao tratamento padrão.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Biólogo brasileiro "cura" célula autista com droga experimental

Em estudo publicado nesta sexta-feira, o brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, descreve como "curou" um punhado de células defeituosas com uma droga experimental.

Ao recriar neurônios a partir de células retiradas da pele de crianças com uma síndrome de autismo genética, Muotri identificou características da doença independentes do sintoma comportamental, observando as células vivas em microscópios.
"Isso sugere que a técnica tem um potencial de diagnóstico", diz. "É a primeira descrição de um modelo humano que recapitula uma doença psiquiátrica." 
O biólogo é cauteloso, porém, quando questionado sobre se seu trabalho é a descoberta de um tratamento para o autismo. A droga usada no experimento, a IGF-1, altera os níveis de insulina no organismo, e pode levar a uma série de efeitos colaterais indesejados caso seja administrada no sistema nervoso de pessoas normais. 
Mesmo que a descoberta de um medicamento adequado possa levar décadas, Muotri se diz otimista. Ele está elaborando testes com uma série de outras drogas em um sistema robótico de experimentação, como o que empresas farmacêuticas usam.

"Não acho que uma droga conseguiria consertar tudo, no caso de alguém que tenha desenvolvido um problema de cognição e memória mais profundo. Mas mostramos que é possível reverter o estado desses neurônios em grande medida." As descobertas ganharam a capa da prestigiosa revista "Cell". 






Fonte: Folha.com

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

FDA proíbe venda de remédio para obesidade.

WASHINGTON, 29 Out 2010 (AFP) -A agência de controle de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos (FDA) proibiu a venda do Qnexa, um tratamento experimental contra a obesidade do laboratório Vivus Inc, segundo um comunicado da empresa.

A FDA indicou em uma carta que "não pode aprovar o Qnexa em sua forma atual", informou a empresa em um comunicado com data de quinta-feira.

A Food and Drug Administration segue assim, como faz muitas vezes, as recomendações de um comitê consultivo de especialistas, adotadas na metade de julho.

Eles se pronunciaram contra a comercialização do medicamento citando seus possíveis riscos cardíacos.

Qnexa era o primeiro medicamento para tratar a obesidade submetido à aprovação da FDA em dez anos.

Trata-se de uma combinação de dois fármacos que já estão no mercado: Fentermina, derivado da anfetamina e utilizado para reduzir o apetite, e Topiramato, um antiepilético que serve para tratar convulsões.

Embora quase um terço dos americanos sejam obesos ou estejam em sobrepeso, há poucos tratamentos no mercado.


Fonte:http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

"O acompanhamento dos fast-food terá medicamentos contra colesterol..."

Foi divulgado pela mídia:

"Segundo pesquisadores, hambúrguer e batatas fritas (e outros integrantes da “família” fast-food) são pedidos que devem ser servidos acompanhados de um medicamento contra colesterol.
De acordo com um novo estudo, para ajudar a neutralizar os riscos de doenças cardíacas que os alimentos gordurosos causam, os restaurantes de fast-food podem oferecer aos clientes “estatinas” de graça.
As estatinas funcionam reduzindo a quantidade do colesterol no sangue, e muitos estudos mostram que elas são altamente eficazes na redução do risco de um ataque cardíaco.
As estatinas não cortam todos os efeitos ruins dos hambúrgueres e batatas fritas. O melhor mesmo é evitar alimentos gordurosos completamente. Porém, segundo os pesquisadores, para aqueles que não conseguem se livrar do vício das fast-food, tomar uma estatina pode reduzir o risco de se ter um ataque cardíaco na mesma proporção que uma refeição de fast-food aumenta essas chances.
Os investigadores dizem que estatinas poderiam ser entregues como pacotes de ketchup, porque são drogas muito seguras. No entanto, uma pequena proporção de usuários regulares de estatina experimentaram efeitos colaterais significativos – problemas no fígado e rins, relatados entre 1 em 1.000 e 1 em 10.000 pessoas.
Estudos têm mostrado uma clara ligação entre a ingestão de gorduras e o nível de colesterol no sangue, que, por sua vez, é ligado a doenças cardíacas. Evidências recentes sugerem que as gorduras trans, que se encontram em níveis elevados nos fast-food, são os componentes da dieta ocidental mais perigosos em termos de risco de doença cardíaca.
Os pesquisadores quantificaram o risco aumentado de um ataque cardíaco com a ingestão diária de gordura trans e gordura total. Eles compararam esses números com a diminuição do risco através do uso de várias estatinas.
Os pesquisadores querem conduzir os estudos para avaliar os potenciais riscos de permitir que as pessoas tomem estatinas livremente, sem supervisão médica. Eles sugerem a inclusão de uma advertência, que enfatiza que o comprimido não pode substituir uma dieta saudável, e aconselha as pessoas a consultarem seus médicos para mais informações. [LiveScience]"

 Como médica, concordo que procurem seus médicos sim, porque há muito mais elementos perigosos nesses alimentos que não seriam combatidos somente com comprimidos de estatinas dentro de uma dieta descontrolada de usuários de fast-food. Também seria mais uma forma de incentivar o paciente a automedicação, que sem maiores informações de um médico poderia ao invés de trazer benefício à sua saúde, acarrretar outros problemas como doenças do fígado e vias biliares, dos músculos, do sistema digestivo, da pele e anexos, dos sistemas nervoso e endócrino, além de interação com outros medicamentos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

FORMANDO MÉDICOS.

Só poderemos nos considerar médicos com dignidade se, desde o período acadêmico, mantivermos posturas idôneas e não acharmos que o curso de Medicina é somente mais um diploma com emprego fácil de boa remuneração em alguns locais onde está implantado principalmente o PSF, estratégia de grande importância. Se os gestores  admitirem médicos capacitados e concursados com interesse em exercer a medicina e não em ganharem um salário com mais vantagens e esquecer do ser humano, poderemos considerar que temos médicos exercendo a Medicina e não "fazendo medicina" do seu jeito! Vamos ser éticos, responsáveis desde acadêmicos, para não estarmos mentindo pra nós mesmos. Quando médicos, continuarmos mantendo a mesma postura e conduta digna e não nos envergonharmos de nada que fizemos...

domingo, 8 de agosto de 2010

Uso Racional de Medicamentos

       Não é à toa que a mídia sempre retoma o assunto de jovens que usam anabolizantes veterinários para ficarem com um corpo mais atlético e acabam entrando em coma. Ou ainda, meninas tomam indiscriminadamente a pílula anticoncepcional de emergência buscando evitar a gravidez indesejada, sendo que o mais correto seria se prevenir dia-a-dia. Tomar medicamentos exige cuidados, o primeiro seria a prescrição médica. Não se deve tomar medicamentos sem que seu médico tenha indicado.
       Conforme a Organização Mundial de Saúde, "há uso racional quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade".
       O uso irracional além de gerar custos ao paciente, que pode não estar sendo tratado da maneira mais adequada e assim levará mais tempo para a cura, também onera o sistema de saúde. Passa-se mais tempo tomando um medicamento desnecessário e não se consegue o efeito desejado. Na pior das hipóteses, o medicamento tomado de maneira inadequada pode até prejudicar o paciente. De nada adianta um paciente tomar determinado medicamento para pressão alta ou diabetes, por exemplo, e não seguir outras orientações de cuidados com a saúde.
        Uso racional também implica a oferta de tratamentos, insumos e tecnologias com base nas melhores práticas terapêuticas e assistenciais, amparadas em evidências científicas seguras, estudos clínicos com resultados confiáveis, e que, principalmente, tenham sido avaliados pelas instâncias regulatórias e de fiscalização no País, no caso a Anvisa.


Fonte: portal.saude.gov.br/portal/saude

domingo, 18 de julho de 2010

Crianças e Mulheres: abuso, discriminação ou incompetência? ...

"A VIOLÊNCIA COMEÇA QUANDO A PALAVRA PERDE O VALOR."Frase do Núcleo de Atenção à Violência. SMS Rio de Janeiro – RJ

A violência sexual e doméstica contra as mulheres e adolescentes é considerada como uma grave violação dos seus Direitos Humanos e um problema de saúde. Acontece em todas as camadas sociais e em todas as fases da vida, muitas vezes iniciando-se ainda na infância.

A violência que acomete mulheres e adolescentes no espaço doméstico, na maioria das vezes ainda é mantida em silêncio pela própria vitima e também pela família. Nos casos das adolescentes, essa situação é agravada pela falta de poder, pelo medo de denunciar os familiares e pela dificuldade de encontrar proteção social que lhes permita realizar a denúncia sem sofrer outras violências. A violência contra mulheres e adolescentes se revela de várias formas e nem sempre ela é clara ou explícita. É definida como qualquer conduta de discriminação, agressão ou coerção que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, psíquico, sexual, moral, social, político, econômico ou perda de bens materiais.

As mulheres e adolescentes que sofrem violência sexual ou outro tipo de violência estão mais expostas e vulneráveis a problemas de saúde tanto físicos como mentais. Os riscos da violência podem estar relacionados à gravidez indesejada, à transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e a traumas físicos e psicológicos, inclusive o suicídio. Também a sentimentos de alienação do meio em que vivem, isolamento e problemas sexuais. Essas pessoas podem ter ainda como conseqüência da violência uma maior tendência a dores crônicas, problemas de saúde mental como abuso de álcool e drogas, doenças crônicas do aparelho genital, distúrbios gastrintestinais, enxaquecas e outras queixas. No caso das adolescentes e jovens, a violência traz graves conseqüências para o desempenho escolar e para o seu futuro desenvolvimento profissional.

Os governos de todos os países e as Nações Unidas criaram leis e convenções para proteger as mulheres, adolescentes e crianças dos diversos tipos de violência. Dentre elas, a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, a “Convenção de Belém do Pará” (1994); e a Convenção sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (1979). No Brasil, o Código Penal contém vários artigos que tratam da violência sexual; o Estatuto da Criança e do Adolescente protege essa população de maus-tratos e violência, e define como a sociedade deve enfrentar e resolver o problema; as leis federais que tratam da violência contra as mulheres e adolescentes definem também como os serviços públicos devem tratar esta questão.

As mulheres e as adolescentes que sofrem violência têm direito não só à proteção legal, mas a serem atendidas nos serviços públicos – saúde, justiça e delegacias – de forma respeitosa, digna e humanizada. A sua palavra deve ter credibilidade e o poder público tem o dever de proteger, cuidar e encontrar soluções para amenizar os danos sofridos.





Fonte: portal.saude.gov.br

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Esperança com vacina contra AIDS.

Cientistas descobriram dois poderosos anticorpos capazes de bloquear, em laboratório, a maioria das cepas conhecidas do vírus da inumodeficiência humana adquirida (HIV), abrindo potencialmente o caminho para uma vacina eficaz contra a Aids segundo trabalhos publicados.

Estes dois antígenos, batizados de VRCO1 e VRCO2, parecem muito promissores, pois impedem a infecção de células humanas em mais de 90% das variedades do HIV em circulação, e com uma eficácia sem precedentes.

Os autores destes trabalhos, publicados na edição de 9 de julho da revista científica americana Science, desmontaram também o mecanismo biológico através do qual estes anticorpos bloqueiam o vírus.

Estes virologistas descobriram dois anticorpos, produzidos naturalmente pelo organismo, no sangue soropositivo

Eles conseguiram fazer seu isolamento usando uma nova ferramenta molecular, uma das proteínas que formam o HIV, que os cientistas modificaram para que se fixasse em células específicas que produzem os anticorpos que neutralizam o HIV.

Depois destas descobertas, os cientistas começaram a desenvolver componentes de uma vacina que pode ensinar ao sistema imunológico humano a produzir grandes quantidades de anticorpos similares aos antígenos VRC01 e VRC02.

"Aproveitamos nossa compreensão da estrutura do HIV, neste caso de sua superfície, para afinar nossas ferramentas moleculares que permitem ir diretamente no ponto fraco do vírus e nos guiar na escolha de anticorpos que se unem especificamente a este ponto e o impedem de infectar as células humanas", explicou o doutor Gary Nabel, do NIAID, que codirigiu as duas equipes de cientistas em várias universidades, como a faculdade de Medicina de Harvard (Massachusetts, leste dos EUA).

Encontrar anticorpos capazes de neutralizar cepas de HIV em todo o mundo foi, até agora, muito árduo, já que o vírus muda constantemente as proteínas que recobrem sua superfície para escapar da detecção do sistema imunológico.

Esta capacidade de mutação rápida resultou em um grande número de variações do HIV, mas os virologistas puderam detectar alguns pontos na superfície do vírus que permanecem constantes nas cepas, como as que unem os anticorpos VRCO1 e VRCO2.



Fonte:http://g1.globo.com

domingo, 27 de junho de 2010

A Saúde e a Política no Brasil...

No Brasil só pensamos em melhorar a saúde quando chegam as eleições, fato incrível. Por que será? Seria mais fácil se fizessem isso durante todo o ano, não? Pois é... Então vamos prestar atenção aos índices que são mostrados antes da época política e durante o ano político.

As queixas da população continuam iguais. A maioria dependendo dos serviços públicos sem atendimento adequado. Os planos de saúde só para a minoria e com preços exorbitantes, principalmente para os idosos, que são os que mais necessitam de atenção. Portanto, já da para entender o valor pago. Se tivéssemos um país com saúde preventiva valorizada e não curativa, não teríamos essa necessidade de o idoso ter que usar quase toda sua aposentadoria para pagar o que seria de direito de todo cidadão: saúde e qualidade de vida.

No nosso país os governantes não sentem esse problema porque estão bem servidos por bons médicos e dentistas, já que saúde começa pela boca! Só que quando eles abrem a boca é para fazerem promessas vãs e atacar quem já fez alguma coisa. Esse meu comentario é para que quando forem VOTAR, lembrarem-se de que tudo continua igual, só o tempo passou e que nada praticamente mudou em relação à saúde. Isso é necessário para depois não usarem a mídia para criticar serviços de saúde e médicos por atendimentos deficientes, mesmo sem esquecer que todo médico deve prestar atendimento digno a todo e qualquer paciente independente de sua satisfação com a sua profissão.

No momento estamos esquecendo um pouco das queixas à saúde porque a 'moda' agora é a Copa do Mundo. Acho muito saudável tal patriotismo, porém, lembrem-se que um país sem saúde é como um time desfalcado que vai perder em campo assim como os brasileiros perderão se não souberem VOTAR nos seus representantes. Governantes são como bons e maus técnicos que se tiverem competência chegarão à VITÓRIA, como nós poderíamos chegar em nossa saúde no BRASIL.

PENSEM BEM ANTES DE VOTAR SE SEUS REPRESENTANTES CUMPRIRÃO SUAS METAS E CHEGARÃO AO GOL! Saúde em primeiro lugar porque senão estaremos insanos escolhendo por impulso ou por ofertas que enchem os olhos, mas depois esvaziam seu bolso e deixam você procurar sua própria saúde!!!

PENSEM NISSO!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Novo Código de Ética Médica

“O novo Código de Ética Médica não trouxe grandes avanços ou novidades, repetindo as mesmas disposições acerca dos vários temas contidos no código anterior, modificando apenas os termos e disposições, sem, no entanto, modificar seu conteúdo normativo. Ele não trata de saúde pública, mas da relação médico-paciente: parte importante, porém pequena do universo que envolve toda estrutura.”

É uma mudança radical, porque ate agora nós, médicos, fazíamos tudo para prorrogar a vida do doente. Isso vai continuar prevalecendo pra outros casos, mas, para pacientes terminais, os médicos têm de reconhecer que tudo o que se fizer a mais não trará benefício real ao paciente. “Ele vai ser colocado em um tubo e só se vai prolongar o morrer” – disse o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila.
Esse código só é bom para alguns pacientes, que é quem têm mais direitos. Para nós, médicos, só aparecem obrigações. Só esqueceram que medicina nao é milagre, que não somos Deus, que os maus gestores deveriam tomar ‘vergonha na cara’ e fazerem medicina para verem as condições de trabalho de muitos profissionais.
Mas, no Brasil, a grande profissão que não tem Código de Ética é a dos POLÍTICOS, senão estariam quase todos processados. E como são eles que mandam, vão sempre culpar o médico porque dá mais ibope e a tal mídia rende popularidade pra eles.
Este é o meu repúdio aos maus gestores e governantes desse país, que são, na maioria,
hipócritas!

O novo código entrou em vigor com a missão oficial de adequar a ética médica à nova realidade científica, econômica e social, e a autonomia do paciente com a terapêutica, sem desgastar a já fragilizada relação médico-paciente. O tempo dirá a todos nós se foi vencido ou vencedor.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

SKANK - Não é banda de música, é droga!

"Skank é uma droga mais potente que a maconha, ambas são retiradas da espécie Cannabis sativa e, por esse motivo, possuem em suas composições o mesmo princípio ativo - THC (Tetra-hidro-canabinol).

O que torna o Skank uma forma mais concentrada de entorpecente?

A diferença é proveniente do cultivo da planta em laboratório. O preparo da Cannabis sativa para obtenção do Skank é feito em estufas com tecnologia hidropônica (plantação em água).

Segundo estudos, no skank há um índice de THC sete vezes maior que na maconha. A porcentagem chega até 17,5%, sendo que na maconha é de 2,5%. Sendo assim, a quantidade necessária para entorpecer o indivíduo é bem menor.

Ações no organismo: A droga começa a ser absorvida pelo fígado até que o composto THC alcance o cérebro e o aparelho reprodutor.

Efeitos colaterais: como já foi dito, a espécie Skank é mais entorpecente que a maconha, seu uso leva a alterações da serotonina e da dopamina no organismo, e fazem o indivíduo ter dificuldades de concentração por provocar danos aos neurônios. Provoca também lapsos de memória e afeta a coordenação motora.

Em geral, os efeitos da droga Skank são semelhantes aos da maconha: excitação, aumento de apetite por doces, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, alucinações e distúrbios na percepção de tempo e espaço."


Fonte: Equipe Brasil Escola

Vacina contra H1N1

O que significa H1N1?
As letras correspondem às duas proteínas da superficie do vírus: H: Hemaglobulina e N: Neuraminidase . O numero 1 corresponde a ordem em que cada uma das proteínas foi registrada, significando que ambas as proteínas tem semelhanças com os componentes do vírus que já circulou anteriormente, quando da pandemia de 1918-1919.

Qual a diferença entre a gripe comum e a influenza pandêmica (H1N1) 2009?
Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Por isso, ao apresentar estes sintomas, seja pela gripe comum ou pela nova gripe, deve-se procurar seu médico ou um posto de saúde.

Qual vacina será utilizada contra o vírus influenza pandêmica (H1N1) 2009?
O Ministério da Saúde adquiriu as doses de três laboratórios: Glaxo Smith Kline (GSK), SANOFI Pasteur (em parceria como Instituto Butantan) e Novartis. Esses laboratórios são fornecedores de vacinas para todos os países.

A vacina a ser utilizada no Brasil é segura?
A vacina a ser utilizada é segura e já está em uso em outros países. Não tem sido observada nesses paises uma relação entre o uso da vacina e a ocorrência de eventos adversos graves.

A vacina registra uma efetividade média maior que 95%. A resposta máxima de anticorpos se observa entre o 14º e o 21º dia após a vacinação.

O Brasil vai utilizar vacina inalável? Há diferenças entre a inalável e a injetável?
No momento não está previsto o uso de vacina inalável. A diferença entre uma e outra refere-se à forma de apresentação e de administração.

Qual o objetivo da vacinação a ser realizada no Brasil?
O objetivo dessa operação de vacinação é: i) proteger alguns grupos de maior risco de desenvolver doença grave ou evoluir para morte durante a segunda onda da pandemia influenza H1N1; ii) garantir o funcionamento dos serviços para atendimento ininterrupto dos casos suspeitos ou confirmados da Influenza H1N1, por meio da vacinação dos trabalhadores de saúde.

Quais são os grupos de maior risco?
Até o momento estão definidos como grupos de maior risco:
a) a população indígena aldeada;
b) as gestantes;
c) pessoas portadoras de doenças crônicas;
d) crianças maiores de seis meses até os dois anos de idade e
e) a população de 20 a 39 anos.

Quais as evidências que levaram o Ministério da Saúde a selecionar esses grupos como os prioritários para a vacinação? São efetivamente os mais acometidos ou de maior risco?
a) Os trabalhadores da saúde envolvidos na resposta à pandemia necessitam ser protegidos para garantir o funcionamento dos serviços de saúde, ou seja, não se pode correr o risco de um possível colapso de atividade essencial, como pronto atendimento, vigilância em saúde, laboratório etc., porque o profissional foi atingido pela pandemia.
b) Entre as mulheres em idade fértil que apresentaram síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza pandêmica, 22% eram gestantes.
c) Entre os casos de SRAG por influenza pandêmica (H1N1)2009, aproximadamente 35% apresentou alguma comorbidade. Dentre os que apresentaram uma ou mais comorbidades, o grupo de doenças respiratórias crônicas foi o mais frequente, com 24,4% dos registros, seguido de doenças cardiovasculares,e outras doenças crônicas.
d) Os indígenas são considerados grupo prioritário seja pela maior vulnerabilidade a infecções, seja pela maior dificuldade de acesso às unidades hospitalares, caso necessitem.
e) As crianças menores de dois anos apresentaram a maior taxa de incidência de SRAG por influenza pandêmica (H1N1) 2009.
f) os jovens entre 20 e 29 anos foram o grupo etário mais acometido, representando 24% do total de casos de SRAG por influenza pandêmica (H1N1) 2009.
g) os adultos entre 30 e 39 anos foram o grupo etário mais acometido em relação a mortalidade, representando 22% do total dos óbitos de SRAG por influenza pandêmica (H1N1) 2009.

Por que não haverá vacinação de toda população?
a) A vacinação em massa para a contenção da pandemia não é o foco da estratégia estabelecida para o enfrentamento da segunda onda pandêmica em todo o mundo. Por um motivo simples, esta contenção não é mais possível em todo o mundo.
b) São objetivos primordiais para esta vacinação proteger os trabalhadores de saúde, de modo a manter o funcionamento dos serviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia, e para alguns grupos selecionados reduzir o risco associado à pandemia de influenza de desenvolver doença grave e morrer.
c) Na vigência da pandemia no Brasil e em outros países, esses grupos foram evidenciados como os de maior risco de apresentarem complicações graves e mortes por infecção pelo vírus Influenza A H1N1 (2009), como já evidenciado acima.
e) Além disso, não há disponibilidade do produto em escala mundial em quantidade suficiente para atender a toda a população do mundo. E há, também, a limitação da capacidade de produção por parte dos laboratórios produtores, para entrega em tempo oportuno, ou seja, antes do inicio da segunda onda nos países do hemisfério sul.

Se a vacinação não vai cobrir 100% dos trabalhadores de saúde como será feita a seleção?
As equipes estaduais e municipais já realizaram o levantamento e a localização do grupo alvo da campanha e definiram a estratégia local para vacinar esse grupo.
É importante que todos os trabalhadores busquem informação nos seus serviços e na Secretaria Municipal ou na Secretaria Estadual de Saúde para tomar conhecimento sobre esses detalhes da vacinação.
. A vacina tem alguma contra-indicação?
A única contra-indicação é para pessoas alérgicas a ovo.

Fontes:
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância Epidemiológica



Como opinião própria, visto que é imunização de doença de tamanha gravidade, deveriam ser vacinada toda a população. Não é mais coerente com a realidade? Deixo esta pergunta.


sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010 - ANO NOVO!

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente."
Carlos Drummond de Andrade