“O novo Código de Ética Médica não trouxe grandes avanços ou novidades, repetindo as mesmas disposições acerca dos vários temas contidos no código anterior, modificando apenas os termos e disposições, sem, no entanto, modificar seu conteúdo normativo. Ele não trata de saúde pública, mas da relação médico-paciente: parte importante, porém pequena do universo que envolve toda estrutura.”
É uma mudança radical, porque ate agora nós, médicos, fazíamos tudo para prorrogar a vida do doente. Isso vai continuar prevalecendo pra outros casos, mas, para pacientes terminais, os médicos têm de reconhecer que tudo o que se fizer a mais não trará benefício real ao paciente. “Ele vai ser colocado em um tubo e só se vai prolongar o morrer” – disse o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila.
Esse código só é bom para alguns pacientes, que é quem têm mais direitos. Para nós, médicos, só aparecem obrigações. Só esqueceram que medicina nao é milagre, que não somos Deus, que os maus gestores deveriam tomar ‘vergonha na cara’ e fazerem medicina para verem as condições de trabalho de muitos profissionais.
Mas, no Brasil, a grande profissão que não tem Código de Ética é a dos POLÍTICOS, senão estariam quase todos processados. E como são eles que mandam, vão sempre culpar o médico porque dá mais ibope e a tal mídia rende popularidade pra eles.
Este é o meu repúdio aos maus gestores e governantes desse país, que são, na maioria,
hipócritas!
O novo código entrou em vigor com a missão oficial de adequar a ética médica à nova realidade científica, econômica e social, e a autonomia do paciente com a terapêutica, sem desgastar a já fragilizada relação médico-paciente. O tempo dirá a todos nós se foi vencido ou vencedor.
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