sexta-feira, 16 de abril de 2010

Novo Código de Ética Médica

“O novo Código de Ética Médica não trouxe grandes avanços ou novidades, repetindo as mesmas disposições acerca dos vários temas contidos no código anterior, modificando apenas os termos e disposições, sem, no entanto, modificar seu conteúdo normativo. Ele não trata de saúde pública, mas da relação médico-paciente: parte importante, porém pequena do universo que envolve toda estrutura.”

É uma mudança radical, porque ate agora nós, médicos, fazíamos tudo para prorrogar a vida do doente. Isso vai continuar prevalecendo pra outros casos, mas, para pacientes terminais, os médicos têm de reconhecer que tudo o que se fizer a mais não trará benefício real ao paciente. “Ele vai ser colocado em um tubo e só se vai prolongar o morrer” – disse o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila.
Esse código só é bom para alguns pacientes, que é quem têm mais direitos. Para nós, médicos, só aparecem obrigações. Só esqueceram que medicina nao é milagre, que não somos Deus, que os maus gestores deveriam tomar ‘vergonha na cara’ e fazerem medicina para verem as condições de trabalho de muitos profissionais.
Mas, no Brasil, a grande profissão que não tem Código de Ética é a dos POLÍTICOS, senão estariam quase todos processados. E como são eles que mandam, vão sempre culpar o médico porque dá mais ibope e a tal mídia rende popularidade pra eles.
Este é o meu repúdio aos maus gestores e governantes desse país, que são, na maioria,
hipócritas!

O novo código entrou em vigor com a missão oficial de adequar a ética médica à nova realidade científica, econômica e social, e a autonomia do paciente com a terapêutica, sem desgastar a já fragilizada relação médico-paciente. O tempo dirá a todos nós se foi vencido ou vencedor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário