quinta-feira, 8 de julho de 2010

Esperança com vacina contra AIDS.

Cientistas descobriram dois poderosos anticorpos capazes de bloquear, em laboratório, a maioria das cepas conhecidas do vírus da inumodeficiência humana adquirida (HIV), abrindo potencialmente o caminho para uma vacina eficaz contra a Aids segundo trabalhos publicados.

Estes dois antígenos, batizados de VRCO1 e VRCO2, parecem muito promissores, pois impedem a infecção de células humanas em mais de 90% das variedades do HIV em circulação, e com uma eficácia sem precedentes.

Os autores destes trabalhos, publicados na edição de 9 de julho da revista científica americana Science, desmontaram também o mecanismo biológico através do qual estes anticorpos bloqueiam o vírus.

Estes virologistas descobriram dois anticorpos, produzidos naturalmente pelo organismo, no sangue soropositivo

Eles conseguiram fazer seu isolamento usando uma nova ferramenta molecular, uma das proteínas que formam o HIV, que os cientistas modificaram para que se fixasse em células específicas que produzem os anticorpos que neutralizam o HIV.

Depois destas descobertas, os cientistas começaram a desenvolver componentes de uma vacina que pode ensinar ao sistema imunológico humano a produzir grandes quantidades de anticorpos similares aos antígenos VRC01 e VRC02.

"Aproveitamos nossa compreensão da estrutura do HIV, neste caso de sua superfície, para afinar nossas ferramentas moleculares que permitem ir diretamente no ponto fraco do vírus e nos guiar na escolha de anticorpos que se unem especificamente a este ponto e o impedem de infectar as células humanas", explicou o doutor Gary Nabel, do NIAID, que codirigiu as duas equipes de cientistas em várias universidades, como a faculdade de Medicina de Harvard (Massachusetts, leste dos EUA).

Encontrar anticorpos capazes de neutralizar cepas de HIV em todo o mundo foi, até agora, muito árduo, já que o vírus muda constantemente as proteínas que recobrem sua superfície para escapar da detecção do sistema imunológico.

Esta capacidade de mutação rápida resultou em um grande número de variações do HIV, mas os virologistas puderam detectar alguns pontos na superfície do vírus que permanecem constantes nas cepas, como as que unem os anticorpos VRCO1 e VRCO2.



Fonte:http://g1.globo.com

2 comentários:

  1. Certamente essa descoberta é um grande passo na luta contra o HIV, mas não devemos nos iludir e achar que está tudo resolvido. O processo de desenvolvimento de novas armas que para combater o vírus ainda demandará muito tempo, inspiração e transpiração.
    Este é um grande passo numa longa caminhada que ainda há de se fazer e que ainda envolverá várias descobertas. A complexidade de se combater o HIV só nos mostra que a cada dia o mais importante é a prevenção.

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  2. O importante é nao pararmos nunca, porque se o homem tem capacidade de auto destruir-se, está nele a cura da AIDS. O invasor está dentro dele, só falta um pouquinho mais de "malícia" e inteligência para derrotá-lo. Já perdemos muitas batalhas porque nos atacam na defesa(imunidade). Parece ironia!!! Obrigada pelo comentario, Rafael.

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