domingo, 18 de julho de 2010

Crianças e Mulheres: abuso, discriminação ou incompetência? ...

"A VIOLÊNCIA COMEÇA QUANDO A PALAVRA PERDE O VALOR."Frase do Núcleo de Atenção à Violência. SMS Rio de Janeiro – RJ

A violência sexual e doméstica contra as mulheres e adolescentes é considerada como uma grave violação dos seus Direitos Humanos e um problema de saúde. Acontece em todas as camadas sociais e em todas as fases da vida, muitas vezes iniciando-se ainda na infância.

A violência que acomete mulheres e adolescentes no espaço doméstico, na maioria das vezes ainda é mantida em silêncio pela própria vitima e também pela família. Nos casos das adolescentes, essa situação é agravada pela falta de poder, pelo medo de denunciar os familiares e pela dificuldade de encontrar proteção social que lhes permita realizar a denúncia sem sofrer outras violências. A violência contra mulheres e adolescentes se revela de várias formas e nem sempre ela é clara ou explícita. É definida como qualquer conduta de discriminação, agressão ou coerção que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, psíquico, sexual, moral, social, político, econômico ou perda de bens materiais.

As mulheres e adolescentes que sofrem violência sexual ou outro tipo de violência estão mais expostas e vulneráveis a problemas de saúde tanto físicos como mentais. Os riscos da violência podem estar relacionados à gravidez indesejada, à transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e a traumas físicos e psicológicos, inclusive o suicídio. Também a sentimentos de alienação do meio em que vivem, isolamento e problemas sexuais. Essas pessoas podem ter ainda como conseqüência da violência uma maior tendência a dores crônicas, problemas de saúde mental como abuso de álcool e drogas, doenças crônicas do aparelho genital, distúrbios gastrintestinais, enxaquecas e outras queixas. No caso das adolescentes e jovens, a violência traz graves conseqüências para o desempenho escolar e para o seu futuro desenvolvimento profissional.

Os governos de todos os países e as Nações Unidas criaram leis e convenções para proteger as mulheres, adolescentes e crianças dos diversos tipos de violência. Dentre elas, a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, a “Convenção de Belém do Pará” (1994); e a Convenção sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (1979). No Brasil, o Código Penal contém vários artigos que tratam da violência sexual; o Estatuto da Criança e do Adolescente protege essa população de maus-tratos e violência, e define como a sociedade deve enfrentar e resolver o problema; as leis federais que tratam da violência contra as mulheres e adolescentes definem também como os serviços públicos devem tratar esta questão.

As mulheres e as adolescentes que sofrem violência têm direito não só à proteção legal, mas a serem atendidas nos serviços públicos – saúde, justiça e delegacias – de forma respeitosa, digna e humanizada. A sua palavra deve ter credibilidade e o poder público tem o dever de proteger, cuidar e encontrar soluções para amenizar os danos sofridos.





Fonte: portal.saude.gov.br

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Esperança com vacina contra AIDS.

Cientistas descobriram dois poderosos anticorpos capazes de bloquear, em laboratório, a maioria das cepas conhecidas do vírus da inumodeficiência humana adquirida (HIV), abrindo potencialmente o caminho para uma vacina eficaz contra a Aids segundo trabalhos publicados.

Estes dois antígenos, batizados de VRCO1 e VRCO2, parecem muito promissores, pois impedem a infecção de células humanas em mais de 90% das variedades do HIV em circulação, e com uma eficácia sem precedentes.

Os autores destes trabalhos, publicados na edição de 9 de julho da revista científica americana Science, desmontaram também o mecanismo biológico através do qual estes anticorpos bloqueiam o vírus.

Estes virologistas descobriram dois anticorpos, produzidos naturalmente pelo organismo, no sangue soropositivo

Eles conseguiram fazer seu isolamento usando uma nova ferramenta molecular, uma das proteínas que formam o HIV, que os cientistas modificaram para que se fixasse em células específicas que produzem os anticorpos que neutralizam o HIV.

Depois destas descobertas, os cientistas começaram a desenvolver componentes de uma vacina que pode ensinar ao sistema imunológico humano a produzir grandes quantidades de anticorpos similares aos antígenos VRC01 e VRC02.

"Aproveitamos nossa compreensão da estrutura do HIV, neste caso de sua superfície, para afinar nossas ferramentas moleculares que permitem ir diretamente no ponto fraco do vírus e nos guiar na escolha de anticorpos que se unem especificamente a este ponto e o impedem de infectar as células humanas", explicou o doutor Gary Nabel, do NIAID, que codirigiu as duas equipes de cientistas em várias universidades, como a faculdade de Medicina de Harvard (Massachusetts, leste dos EUA).

Encontrar anticorpos capazes de neutralizar cepas de HIV em todo o mundo foi, até agora, muito árduo, já que o vírus muda constantemente as proteínas que recobrem sua superfície para escapar da detecção do sistema imunológico.

Esta capacidade de mutação rápida resultou em um grande número de variações do HIV, mas os virologistas puderam detectar alguns pontos na superfície do vírus que permanecem constantes nas cepas, como as que unem os anticorpos VRCO1 e VRCO2.



Fonte:http://g1.globo.com